Técnica (ou ramo) contábil que decorre da função contábil de orientação, objetivando, por meio da decomposição, comparação e interpretação de componentes patrimoniais e redituais, obter informações de natureza patrimonial, financeira e econômica necessárias à tomada de decisões.

Tipos:

  1. Análise Horizontal (por evolução)
  2. Análise Vertical (por estrutura)
  3. Análise por Quocientes (por indicadores)

Análise Horizontal

Compreende a verificação, período a período, do crescimento (positivo ou negativo) dos componentes do patrimônio.

Bases p/ análise de evolução (incremento)

  1. Fixa: um período será escolhido como base, geralmente é o primeiro ano de operação da entidade, com a finalidade de identificar sua evolução desde o início de suas operações. Ex.: Período-base de 2001 para análise realizada em 2010.
  2. Móvel: o ano anterior será a base do período em análise. Ex.: Período-base de 2009 para análise realizada em 2010.

Análise Vertical

Processo que verifica, num período, a participação percentual de determinado componente do patrimônio no grupo que está inserido ou no grande grupo (Ativo/Passivo/PL) a que pertence, visando uma análise da estrutura existente na entidade.

Bases p/ análise de estrutura (participação)

  1. No Balanço Patrimonial (BP):
  • Analítica: Total do grande grupo (Ativo/Passivo/PL) ou montante do grupo de contas. Ex.: Participação da rubrica Caixa no Ativo ou dela no Ativo Circulante;
  • Sintética: Total do grande grupo (Ativo/Passivo/PL). Ex.: Participação do capital de giro (Ativo Circulante) no grande grupo Ativo.
  1. Na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE):
  • Analítica: Valor da Receita Líquida Operacional (RLO) ou total do grupo de contas redituais. Ex.: Participação da despesa de salários na Receita Líquida Operacional (RLO) ou dela no montante das despesas operacionais;
  • Sintética: Valor da Receita Líquida Operacional (RLO). Ex.: Participação das despesas operacionais na Receita Líquida Operacional (RLO).
  1. No Demonstrativo de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA):
  • Analítica: Montante do Saldo à Disposição da AGO ou total do grupo de contas do relatório. Ex.: Participação da reserva legal perante o Saldo à Disposição da AGO ou dela no tocante as reservas de lucros constituídas no período;
  • Sintética: Montante do Saldo à Disposição da AGO. Ex.: Participação das reservas de lucro constituídas no período no total quantitativo encaminhado à AGO.

Análise por Quocientes

Representa a forma de análise mais relevante no processo de tomada de decisões numa entidade, e também a que, estatisticamente, representa quase à totalidade das questões que são cobradas em provas de concurso em âmbito nacional. Neste processo, verificamos a situação da entidade por meio de relações entre os componentes das demonstrações contábeis e de dados obtidos nos seus departamentos.

Indicadores

  1. Financeiros:
  • Análise Geral (Global): Relações entre elementos do Balanço Patrimonial (BP). Ex.: Liquidez geral, Solvência, Imobilização, entre outros;
  • Análise de Curto Prazo (de Capital de Giro ou Circulante): Relações entre elementos do Ativo Circulante e Passivo Circulante. Ex.: Liquidez Imediata (Instantânea), Seca e Comum (Corrente);
  • Análise de Rotação (Atividade ou Velocidade): identifica as renovações, bem como, os prazos em que ocorrerem, de estoques, vendas a prazo e compras a prazo. Ex.: Rotação de Estoques (RE), Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV), etc.
  1. Econômicos:
  • Rentabilidade (Retorno ou Feedback): Relações entre elementos do Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) na identificação do quanto a entidade está sendo rentável. Ex.: Margem Operacional e Final, Giro Operacional e Líquido, Retorno do Ativo e do PL;
  • Outros: Relações de informações econômicas adicionais. Ex.: Resultado por Ação, Dividendo por ação, Relação Preço/Lucro, etc.
  1. Especiais:
  • Alavancagem Financeira: Relação entre o retorno do Acervo Líquido Patrimonial (PL) e a Rentabilidade do Ativo com a finalidade de medir a eficiência na aplicação de recursos obtidos de terceiros e sua interferência na elevação do feedback para os acionistas ou sócios;
  • Alavancagem Operacional: Indica a variação percentual nos lucros operacionais em relação a determinada variação no volume de vendas;
  • Lajida (Ebitda): Compreende o potencial de caixa que o Ativo Operacional de uma entidade é capaz de produzir ou caixa gerado por ativos genuinamente operacionais.